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Mãe que 'vendia' filha e advogado que 'comprava' são condenados a 42 anos

4 MAI 2017 • POR Valdeir Simão e Youssef Nimer • 14h43
Foto: Reprodução

Depois da descoberta por professores de que uma aluna era estuprada por um advogado da cidade de Nova Andradina distante 297 quilômetros de Campo Grande, em 2012, a Justiça condenou o réu e a mãe da adolescente, que a época tinha 9 anos, a 23 e 19 anos de prisão respectivamente.

Os estupros começaram a acontecer em 2008, quando a menina tinha 9 anos, e sempre eram marcados pela mãe da criança, que ‘negociava’ a filha para o advogado. Os encontros aconteciam no escritório do autor.

A secretária do advogado disse na época da descoberta do crime, que a criança ficava sozinha com o homem em sua sala por aproximadamente 20 minutos. As visitas eram constantes, segundo ela.

O estupro veio à tona quando em 2012 ao sair da escola, a vítima se deparou com o advogado em frente à escola, o que causou medo na adolescente sendo notado por professores. A adolescente confessou aos professores sobre o crime.

Depois da confissão da menina, o crime foi levado para a polícia, que descobriu que a mãe da adolescente recebia valores para marcar os encontros da filha com o advogado. Os réus foram condenados a regime fechado de 19 e 23 anos.

Relembre o caso

Depois de investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) dois mandados de prisão preventiva expedidos pela Vara Criminal da comarca de Nova Andradina foram cumpridos, em outubro de 2012, sendo detidos um advogado e a mãe da suposta vítima, uma adolescente, de 13 anos, que a época do crime tinha 9 anos.

"Segundo as investigações, que duraram cerca de dois meses, a mãe da menor recebia dinheiro para intermediar encontros sexuais entre a filha e o advogado, os quais vinham ocorrendo desde que a vítima tinha nove anos de idade", informou a Assessoria de Imprensa do Ministério Público.

A denúncia chegou ao conhecimento do Promotor de Justiça titular da 3ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina, através de representantes da rede de proteção a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, tendo sido acionado o Gaeco para aprofundamento das investigações.

O advogado foi preso no município de Nova Andradina e a mãe da menor detida na cidade de Presidente Prudente (SP). O cumprimento do mandado na cidade paulista se deu com o apoio do Gaeco/SP e da Polícia Militar local.

Fonte: Midiamax