Noite atípica: 4 policiais tiveram que atender mais de 30 flagrantes de violência doméstica na DEAM
Demora ocorreu devido ao grande número de viaturas da PM levando vítimas para a Deam
11 NOV 2024 • POR Redação/EC • 22h30Noite atípica na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), entre o domingo (10) e a madrugada de segunda-feira (11), acabou em uma espera de mais de 12 horas na delegacia para atendimento das vítimas. Foram realizadas mais de 30 oitivas em Campo Grande.
De acordo com a delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Elaine Benicasa, mais de 16 guarnições da Polícia Militar levaram vítimas de agressões para a delegacia. “Vítimas mais urgentes têm prioridade”, disse a delegada.
Benicasa ainda relatou que havia apenas uma delegada e outros quatro investigadores em uma madrugada de domingo (10), com tentativa de feminicídio e noite com homicídio e feminicídio, e com isto, equipes precisam se deslocar para o local do crime, o que atrasa ainda mais o atendimento.
“A maioria dos chamados no Ciops são de violência doméstica, o que demanda muito tempo”, disse a delegada, que explicou ainda que geralmente a vítima fica em torno de 1 hora no setor psicossocial para atendimento.
Benicasa explicou que as vítimas são orientadas quando o fluxo está muito alto de voltarem depois ou de procurarem outra delegacia para o registro inicial da ocorrência.
Demora no atendimento
O Jornal Midiamax ouviu pelo menos quatro delas. Uma comerciante, de 34 anos, informou que foi agredida pelo ex-companheiro. Disse que foi levada pela polícia à Deam por volta das 20h, mas até as 8h desta segunda-feira (11) não havia sido atendida para o registro da ocorrência.
Ela contou que passou pelo setor psicossocial, mas, até o momento, ninguém comenta o motivo da demora para a continuidade do atendimento.
A mulher estava na delegacia na companhia da filha pequena, que ficou por um tempo na brinquedoteca. Ao perceber a demora, a tia da criança acabou indo buscá-la.
Midiamax