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Associação Comercial de Coxim exibe documentário "Rotas Monçoeiras" neste sábado, gratuitamente

Exibição ocorrerá às 20h no auditório da ACIAC

30 DEZ 2023Por Redação/PE09h:06

A Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Coxim (ACIAC) exibirá em seu auditório neste sábado (30), às 20h o filme “Rotas Monçoeiras: A História de um rio e seu povo”. O longa metragem foi produzido na região de Coxim e traz nos seus 70 minutos, a cultura, as lutas e a trajetória de populações rurais, ribeirinhas, artistas e pessoas comuns em uma unidade de conservação da Região Norte.

A produção que ganhou em primeiro lugar no Festival da América do Sul, é fruto dos recursos do Fundo de Investimentos Culturais de MS (FIC-MS) e conta com a direção de Cid Nogueira e co-direção de Silas Ismael, já o roteiro ficou com Ariel Albrecht e Cid Nogueira.

Foi a primeira da categoria Rio Cênico sancionada no Brasil e gerida pelo instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul e foi classificada nesta categoria por guardar ícones culturais, históricos, arqueológicos, paisagísticos e ambientais únicos.

De acordo com o roteirista o período de produção levou mais de um ano, com várias incursões pelo rio, e muitas vezes houve retorno na mesma localização para regravar algumas imagens devido condições climáticas e outros fatores.

“O documentário traz paisagens, sítios históricos, registros do século XVIII que contam o início das cidades na região, principalmente a cidade de Coxim e comunidades como por exemplo, a de Jauru que foram se desenvolvendo devido ao curso do rio. Ouvimos muitas epopéias, histórias e é possível evidenciar a influência dessas rotas na vida das pessoas. Muitos depoimentos foram contados com vozes embargadas, com lágrimas de emoção. Percorremos não só o rio Coxim, Taquari e outros pequenos afluentes. São roças de toco, pesca artesanal de subsistência, remanescentes de garimpo de diamantes e ouro que desencadearam a rota das moções”, destaca Ariel.

O roteirista explica que o objetivo maior do documentário foi não só de resgatar esse passado, mas também esse fenômeno natural de segurança alimentar de comunidades, manutenção da cultura das comunidades, abordagem sobre o arranjo produtivo de turismo cultural de base comunitária, aspectos ambientais culturais e turísticos como fator de desenvolvimento sustentável.

“Encontramos os problemas, as ameaças, os sonhos, histórias de vida, demos vozes a pessoas esquecidas nos processos de desenvolvimento, gente que está no mato, na comunidade rural, na beira do rio. Foi um ano difícil para mim, com perdas e eventos difíceis na vida pessoal, mas a minha paixão pelo projeto foi maior, é um honra indescritível ter realizado junto com os colegas de produção e edição todo esse trabalho que contou com recurso do FICMS, através da Fundação de Cultura e apoio da ACIAC de Coxim e Espaço Manancial”, finaliza Ariel.

Foto: Divulgação Foto: Divulgação 

Ana Flávia Dorsa/Diário do Estado MS

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