Qualidade da internet põe Coxim em 2952ª posição no País; veja dos demais municípios de MS

Coxim ocupa a 2952ª posição em ranking nacional que lista o melhor e o pior acesso à internet no Brasil, conforme o IPS Brasil (Índice de Progresso Social do Brasil), indicador de qualidade que expressa a capacidade da rede de entregar pacotes de dados ao destino sem ocorrências de perdas. Coxim obteve nota 69,67 em escala de 0 a 100, ficando em 6º lugar entre os municípios de Mato Grosso do Sul.   

O IPS Brasil é o levantamento feito em parceria pelas entidades Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), Fundação Avina, Centro de Empreendedorismo da Amazônia, iniciativa Amazônia 2030, Anattá - Pesquisa e Desenvolvimento e o Social Progress Imperative.

Esse indicador, que analisa vários componentes de desenvolvimento social nos 5.570 municípios do País (incluindo Distrito Federal e Fernando de Noronha), mediu agora como está a cobertura de internet móvel (4G/5G), segundo a densidade de banda larga fixa, de telefonia móvel e a qualidade da rede móvel. A tabela foi publicada no Estadão. 

Com nota de 78,49, a Capital teve a melhor posição de Mato Grosso do Sul na pesquisa, no recorte “acesso à informação e comunicação”. O segundo melhor desempenho estadual ficou com Dourados, em 291º no ranking e desempenho de 76,53, seguido de Três Lagoas, na 417ª na posição e 74,90 de nota. Ponta Porã ficou em 1732º lugar com 66,24 de pontuação.

Ribas do Rio Pardo, em franca expansão econômica de MS, aparece em 2987ª colocação e nota de 59,84 em qualidade no acesso à internet.

Mato Grosso do Sul ficou longe das melhores posições nacionais. Armação de Búzios (RJ) foi o campeão, com nota de 91,02, seguido por Roseira (SP) e Agudos do Sul (PR), que pontuaram 90,85 e 89,91, respectivamente.

Búzios alcançou a melhor posição, segundo a publicação, por estar na região Sudeste, o mercado de internet mais importante do País e por ser um dos destinos turísticos mais luxuosos no Brasil. 

Em relação a MS, se o recorte levar em conta as cidades turísticas, o desempenho ficou ainda mais distante. De acordo com o IPS Brasil, Corumbá ocupa a 1913ª posição, com nota de 65,38. As outras cidades que integram o Pantanal tiveram a seguinte pontuação: Ladário, na 1522ª posição e nota de 67,29; Aquidauana em 2823º lugar, com 60,65; Miranda em 3277ª colocação e nota de 58,26 e Anastácio em 3358º lugar e desempenho de 57,80.

Bonito, outra cidade de grande atrativo turístico em MS aparece em 2158ª colocação no ranking nacional, com desempenho de 64,12. 

Os piores resultados em Mato Grosso do Sul, de acordo com pesquisa, ficaram com Santa Rita do Pardo, 5355º posição, com desempenho de 38,16; Corguinho, em 5402º lugar e nota de 36,47; Caracol com 5420ª posição e 35,46 em avaliação; Japorã em 5477º e 31,82 de nota e Figueirão, na 5495 posição e nota de 29,53.

A pior posição nacional ficou com Uiramutã (RR), com 12,39 de nota. Em seguida vêm Santa Terezinha (MT), com 13,26 pontos, e Vereda (BA), com 14,58.

Avaliação - Os números deixam clara a desigualdade regional. Os municípios que tiveram o melhor desempenho estão exatamente nas regiões consideradas mais desenvolvidas economicamente, como São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

A metodologia da pesquisa foi desenvolvida pela Universidade Harvard e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

Dos 5.570 municípios brasileiros, só 84 tiveram nota igual ou maior que 80. Na rabeira, com nota abaixo de 51, estão 1.199 cidades.

De acordo com levantamento, quanto mais difícil o acesso ou a distância, menos investimentos as empresas fazem para expandir a rede por fibra ou cabos. Distância também conta. Conforme avaliação, isso acaba limitando o progresso social dessas regiões e, sem internet, a atividade econômica não tem como se expandir. A população tem pouco acesso a serviços bancários e de informação.