Enquanto muitos brasileiros “comemoravam” a diminuição dos casos do novo coronavírus, em novembro de 2020, a segunda onda do Covid-19 já estava acontecendo desde outubro na Europa.
A segunda onda do Covid-19 na Europa, já deveria servir como um “Alerta Vermelho” para o Brasil
A primeira onda na Europa atingiu o pico em abril de 2020, quando morriam, em média, 4.134 pessoas por dia. Quase seis meses depois, começa a segunda onda, com uma média de 4.965 pessoas por dia.
Alguns países europeus entram em colapso, contabilizando milhares de mortes
Os acontecimentos na Europa, EUA e demais países do mundo, já deveriam servir como aprendizado para os dirigentes da nação brasileira, ou seja, não era hora de flexibilizar a quarentena aqui no Brasil.
Entretanto, o caminho para o colapso total do sistema de saúde começa com o Congresso Nacional aprovando uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que alterou as datas do calendário eleitoral para novembro, em razão da pandemia do novo coronavírus, dando continuidade as eleições municipais de 2020, [gerando a partir do final de setembro, aglomerações, comícios, passeatas, entre outros]. Mesmo com uma abstenção significativa, milhões de brasileiros compareceram às urnas. As consequências não demoraram muito para aparecer, com o aumento de casos e mortes.
No primeiro turno 113,3 milhões de eleitores compareceram às urnas, o que significa uma abstenção de 23,14% (34,5 milhões), segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Logo em seguida, mesmo com algumas medidas restritivas, chegaram as festas de natal e de ano novo [com viagens de familiares entre municípios e até estados].
No Brasil, mesmo seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os estados e municípios agem de formas diferente para diminuir o caos da pandemia [segundo especialistas, a hora é de unificar os esforços], mas parece que a briga política não deixa.
O descontrole em alguns estados brasileiros já é motivo de preocupação da OMS
Quando um estado manda fechar tudo e/ou decreta o toque de recolher (ex.: das 20 horas às 05 horas), alguns municípios vão na contramão e, caso seja necessário, conseguem na justiça a liberdade de manter tudo aberto e/ou modificar o toque de recolher.
A população precisa que os três poderes parem com o jogo político e passem a priorizar uma padronização nas ações de contenção do Covid-19 e, mais recentemente, da nova cepa [que está gerando um colapso no sistema de saúde de muitos estados e municípios], além disso, devem unificar esforços para providenciar a imunização da população com a vacina.
Adianta flexibilizar medidas em um estado/município e aumentar as contenções em outros?
Não adianta flexibilizar medidas em um estado/município e aumentar as contenções em outros, pois o vírus circula de Norte a Sul, de Leste a Oeste em hospedeiros que adoram viajar por terra, mar ou ar, que gostam de aglomerações sem uso de máscara, que participam de festas clandestinas, que frequentam bares lotados e até os luaus nas praias brasileiras.
Infelizmente, nem todos seguem as determinações impostas para diminuir a disseminação do vírus [que acontecem por meio de contato direto entre as pessoas e também pela dispersão no ar]. Portanto, o Brasil pode chegar, em breve, ao colapso total do sistema de saúde.
Quando vai passar essa pandemia do Covid-19?
Ninguém sabe, quando vai terminar essa pandemia do Covid-19, mas do jeito que está indo, caso não aconteça a imunização de 80% da população mundial até setembro de 2021, podemos nos preparar para mais uma grande onda, após a Olimpíada e a Paralimpíada no Japão.
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