Tão logo foram veiculadas a reportagem e o texto na minha coluna no jornal eletrônico Diário X, começaram tomar forma e conteúdo a inquietação e até mesmo indignação de muitos coxinenses em torno da misteriosa "distribuição" das casas do Bairro Piracema.
Ouviu-se de tudo, desde acusações de pessoas que ganharam mais uma casa e até de comerciantes contemplados com as moradias sabe-se lá por qual motivo, uma vez que não residiam na região da lagoa nem apresentam perfil socioeconômico para obtenção do benefício.
Não faltaram também pessoas, inclusive funcionários públicos municipais, que me contataram a fim de relatar supostas irregularidades no trâmite que levou a tal "distribuição" das já famosas "casinhas".
Naturalmente as fontes dessas informações estão resguardas ao sigilo, pois temem retaliações, perseguições ou algo do gênero.
Com efeito, destaquei a essas pessoas que primeiramente é necessário ter acesso aos documentos para realizar um acompanhamento veritativo se tais acusações e denúncias são procedentes.
Daí a necessidade de requerer acesso às informações a este respeito. A Prefeitura Municipal de Coxim, mesmo frente à repercussão das questões levantadas, ainda não se manifestou nem por meio de nota ou por outro canal oficial.
O requerimento apresentado aguarda deferimento, haja vista o período de recesso dos festejos de fim de ano. No entanto, a indignação de muita gente independe de calendário e a sensação de injustiça só aumenta.
"Não se trata de acusações infundadas", assegurou um cidadão que pediu para não ser identificado, "tenho conhecidos que deixaram suas casas para poder residir na casa do Piracema, e agora pretende alugar a casa que antes morava".
A todos lugares onde vou (rua, bares, restaurantes e boates) ouço histórias semelhantes. Todavia, tenho me pautado no ordenamento protocolar necessário e seguindo o trâmite legal.
Compreendo a expectativa das pessoas (assim como é a minha também) em ver resoluta essa questão, mas ao que tudo indica, entraremos no novo ano com uma enorme e incômoda interrogação pairando sobre nossas cabeças.
Quiçá o sol do novo ano lance luz na obscuridade desse mistério coxinense.