Nas minhas andanças que faço diariamente, sempre sou expectador atento da vida da cidade. Nas situações perenes e repentinas sempre lanço meu olhar como quem lança um anzol a pescar da realidade aquilo que desliza por entre o cotidiano de cada um.
No transcorrer dos dias que tem sua marcha incessante na estrada do tempo, a vida da cidade se encaminha para o cumprimento de terríveis profecias políticas e sociais.
No dia de hoje, absorto em pensamentos, lanço um olhar para o chão e vejo nele mais que buracos na pavimentação asfáltica do bairro em que resido.
Vejo ali a execução de uma política pública que desconsidera totalmente o bem-estar dos transeuntes que percorrem pelas vias urbanas, cuja inauguração da pavimentação se deu no ano passado, mas que já apresenta graves problemas.
Para piorar o que já está ruim, há ainda os bajuladores que dizem que a obra capenga, estropiada é melhor que antes.
Como ratos, acostumados com as sobras e dejetos, os bajuladores se ancoram nesse argumento para justificar o desperdício do dinheiro numa obra mal executada.
Um funcionário público me procurou para denunciar as rampas de acesso às calçadas do bairro que, quando chove se convertem em piscinas. Um cadeirante para fazer uso delas teria de ter, no mínimo, um colete salva-vidas e, quiçá, um bote de emergências, tamanho é o alagamento desses pontos. É claro, o servidor público solicitou-me absoluto sigilo quanto ao seu nome, pois, segundo ele, no seu departamento são orientados a nem "curtirem" minhas postagens.
Essas são apenas algumas coisas que lanço meu olhar, muitos dos problemas nos fogem à visão porque estão ocultos ou cuidadosamente ocultados. Sendo religioso, como a maioria dos leitores, nos resta pedir a Deus, aos seus anjos e santos, principalmente um santo muito poderoso de quem sou devoto - o São José.
Por: Valdir Silva