Muito se tem falado ultimamente sobre depressão. Na maior parte dos casos de suicídio ela é apontada como causa.
Proliferam pelas redes sociais postagens com mensagens de pessoas colocando-se na condição de "amigo" e à disposição para dialogar.
Ocorre que grande parte das pessoas acometidas pela depressão não se expressam não porque não queiram, mas por não encontrar um canal seguro para dar vazão e expressão à sua angústia e dores.
Por outro lado, há os que mesmo com boa vontade em ajudar não podem fazê-lo, pois a tecnicidade envolvida num diagnóstico prescinde de estudos e análises para os quais exigem formação específica.
Há casos em que a depressão se agrava a partir de um diagnóstico e "tratamento" equivocados de um não-especialista.
Existem também registros de pessoas que tentaram ajudar e, uma vez não obtendo êxito, acaba entrando no pantanoso círculo do mal-estar psicológico.
Além disso, há uma diferença conceitual entre ser depressivo e estar deprimido, ambos com abordagens terapêuticas distintas.
Os mistérios da mente humana e os que se escondem por detrás dela são deveras complexos e exigem mais que uma formação na área da psicologia, psiquiatria ou psicanálise.
Seja como for, esteja à disposição, seja para apenas ouvir ou estar presente. Muitas vezes a simples e silenciosa presença de alguém é algo que nos faz sentir melhor.