Recebi com muito bom humor a notícia de que faço parte de um grupo de pessoas conhecidas como "turma do mimimi".
Naturalmente, sorri, ri e gargalhei o ingresso oficial a este seleto grupo.
Com formação musical e acadêmica em Letras, ambas abarcadas sob o estatuto da arte, fiquei a pensar sobre as possibilidades de comentar o título de "mimimizeiro" de Coxim.
Como já aconteceu a outros me ocorreu a pensar nas notas musicais, que são sete, o mesmo número dos pecados capitais.
A primeira nota, "DÓ", me faz pensar na falta de compaixão (dó) que a administração tem para com seus servidores, muitos deles ainda sem receber.
"RÉ", a segunda nota, nos leva a questionar a marcha da máquina administrativa que, na maior parte do tempo, só andou para trás.
"MI", das MIgalhas e MIsérias de algumas poucas ações (só o alarde que é grande);
"FA" das falácias (mentiras) e falhas: marcas da incompetência;
"SOL" do "sol da esperança" que deixou de brilhar no céu do horizonte;
"LA" um lugar distante onde "as coisas acontecem": lá, aqui não;
"SI", a última nota", significa o egoísmo das pessoas que só pensam nelas, em si próprias.
Com todas as notas musicais colocadas em seus devidos lugares, os bajuladores já podem compor a marcha fúnebre para sepultar de vez a cultura de Coxim.
Por: Valdir Silva