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Coluna

Pacto PSDB-MDB: quem ganha e quem perde?

20 MAI 2023Por Manoel Afonso10h:37

ENTENDA:  A federação partidária - aprovada pelo TSE ainda em 2021 - é formada por 2 ou mais siglas com afinidade programática que se unem para atuar como uma só legenda por, no mínimo, 4 anos. Ela tem o caráter nacional e atua como teste para eventual fusão ou incorporação de legendas que fizerem parte da federação.  

NOVELA: A origem do PSDB é no MDB de José Sarney que discordava da proposta de adotar o parlamentarismo como defendiam Fernando H. Cardoso e outros históricos. Hoje discute-se o reagrupamento em nível nacional de tucanos e emedebistas. Aqui foi iniciado um pacto pelas lideranças (PSDB-MDB) como ato preliminar da federação.

DESAFIO:  É difícil conciliar interesses de MDB e PSDB que tem objetivos iguais.  O PSDB tem 3 governadores, 13 deputados federais e 4 senadores. Já o MDB tem sido mais pragmático e hoje integra o Governo Federal. No Nordeste seus caciques estão enraizados no poder e dele não cedem em eventuais negociações. 

NA PRÁTICA: Tucanos e emedebistas falaram do pacto como se tratasse de algo pragmático, de uma pureza singelacomo a troca de presentes natalinos. Mas não é nada disso. O anúncio de mapear o Estado para aferir as chances de acordo pode revelar outra realidade.  Em qual cidade do interior – situação e oposição convivem harmonicamente?

NO INTERIOR as relações sociais passam pela identidade política partidária. É na escolha do médico, advogado e no comércio. Nos velórios, casamentos e aniversários a divisão política é nítida. Um adversário como padrinho de casamento da filha? Jamais! A deputada Mara Caseiro (PSDB) por exemplo, já admite a dificuldade de acordo com o MDB nas suas bases eleitorais por motivos óbvios. 

LIÇÕES: Acordos decididos só por líderes são duvidosos. Em 1994 no Mato Grosso Dante de Oliveira venceu Osvaldo Sobrinho (PTB) ao governo lançado por dois grupos que eram rivais: Júlio Campos e Carlos Bezerra. Em 2012 Alcides Bernal (PP) se elegeu prefeito de Campo Grande vencendo Edson Giroto (MDB) imposto pelo governador Puccinelli com apoio do prefeito Nelson Trad mais 16 partidos.
 
‘THE END’: Se eleição fosse igual a matemática não teria graça. Eleição é igual a confecção de um bolo. Pode gorar por um detalhe ou ingrediente em excesso ou de qualidade ruim. Há muitos interesses atrás da porta. Até aqui o eleitor não se manifestou pelas redes sociais inclusive. Às vezes incoerente, o eleitor pede coerência de seus políticos. Sabe como é...

CAMPO GRANDE: A cereja do bolo! Todo mundo quer. Puccinelli abriria mesmo mão de disputar? Na mídia a notícia de que inclusive ele pleiteara o cargo de vice- prefeito para a filha Denise e uma vaga de Conselheiro no Tribunal de Contas para o filho Andrezinho. Hipótese que nos remete ao personagem ‘Justo Veríssimo’. 

DOURADOS: No saguão da Assembleia Legislativa a cidade é citada como um dos mitos desafios de conciliação e concordância de um candidato que atenda o MDB e PSDB. Para os íntimos da política douradense os fiadores do pacto já podem riscar a cidade da lista dos prováveis êxitos. Ponta Porã seria outro caso perdido. Sem acordo.

OPOSIÇÃO: Na outra ponta o deputado João Henrique (PL) defende a aliança entre partidos da direita para eleger o maior número de vereadores na capital e no interior – fortalecendo o grupo no MS. A estratégia é dividir as lideranças como fez Bolsonaro com o PL, PP e Republicanos e elegendo o maior número (187) de parlamentares.

O PLANO: É alinhar Capitão Contar, Marcos Pollon, Rafael Tavares, Coronel Davi, além do PP e lideranças do Patriotas, Republicanos, PRTB entre outros. Quanto a senadora Tereza Cristina o deputado João Henrique defende que ela permaneça no PP onde comanda um forte contingente da direita como foi provado nas eleições de 2022.

ATENTO:  João Henrique entende que as recentes negociações do PSDB com o MDB de André Puccinelli e por tabela com o PT visam retirar os eventuais adversários do caminho – eliminando assim a concorrência. Para o deputado, a ação lembra a estratégia absolutista de Luiz XIV (Rei Sol) detendo a concentração total dos poderes na França.

CONVITES:  A prefeitaAdriane Lopes (Patriotas) da capital recusou os convites do PSDB e MDB.Opta pela senadora Tereza Cristina (PP) que não integra o projeto dos ex-governadores Puccinelli (MDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB). Também cultiva relações com o PT através do deputado Vander Loubet que tem avalizado nomeações de petistas na prefeitura, inclusive da ex-vereadora Thais Helena.

COERÊNCIA:  A senadora Tereza Cristina valoriza o seu patrimônio eleitoral graças ao bolsonarismo. Hoje o PP conta com 21 prefeitos, dezenas de vereadores, além dos deputados Londres Machado, Gerson Claro, Luiz Ovando, além de José Carlos Barbosa – vice-governador. O tabuleiro político começa a ficar interessante para 2024.

ROSE MODESTO: Tudo combinado, bem pensado, nada fora por acaso. O cargo na Sudeco visaria amainar suas pretensões no pleito prefeitura de Campo Grande? Mas a frase dela em tom de desabafo (“falaram que eu estava morta politicamente”) passa a mensagem de que ela continuaria com pretensões em 2024. O que farão com ela?

MARCIO FERNANDES: Satisfeito com o pacto MDB-PSDB. Reconhece que sua sigla (MDB) ficou desidratada (só 3 deputados estaduais e 9 prefeitos) e lembra que sempre defendeu esse entendimento. Marcio ressalta que entre as duas siglas há mais identidade do que diferençase que não sofreu discriminação nas gestões de Reinaldo. 

MARQUINHOS TRAD:  Pelo menos até agora não há um caminho definido a seguir pelo PSD. Presume-se que ele teria razões oceânicas para ficar distante do PSDB e por analogia também do MDB – futuro sócio dos tucanos. Por tabela, seu mano – senador Nelsinho Trad (PSD) tem se preocupado mais com as emendas conquistadas do que o assunto eleições. Tudo ao seu tempo. 

PETISTAS:  Mais uma vez sem nome de expressão para concorrer na capital. Talvez o PT opte pela condição de coadjuvante, abrindo mão do protagonismo. O partido mudou muito aqui. Ao assistir a sessão da Assembleia Legislativa o cidadão fica confuso ao ver o deputado Zeca do PT insistir no refrão na hora de votar: “sigo o voto do meu líder Londres Machado”.

PLANTANDO: Colegas da mídia comentam o número elevado de notícias enviadas diariamente pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seilog), onde o nome do seu titular Hélio Peluffo é destacado. Fortes sinais de que o ex-prefeito de Ponta Porã estaria investindo firme num projeto político. Na política a coragem alimenta os sonhos.

PILULAS DIGITAIS:

 Carlão se contentará só com a reeleição à vereança da capital? (atrás da porta)

O MDB do MS sairá da UTI? (no saguão da Assembleia Legislativa)

“Falaram que eu estava morta politicamente. ” (Rose Modesto)
Projeto ‘Fake News’: a caminho da missa de 7º Dia. (no saguão da A. Legislativa)

“Há homens que, por dinheiro, são capazes até de uma boa ação.”(Nelson Rodrigues)

“Salvador da Pátria – a mais antiga profissão do mundo”.(Millôr)

Palloci a caminho da ressurreição. Após Dallagnol - será a vez de Moro. (internet)

“Nosso Índice de Desenvolvimento Humano é animal. ” (Carlos Castelo)

Lula não apazigua nem o Congresso e se mete na guerra Rússia/Ucrânia. (internet)
De tanto aparecer, parece até que Flavio Dino prendeu Lula e pilota o país. (internet)

 

 


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