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Coluna

Política - sem amigos - só parceiros de conveniência

25 MAI 2018Por Manoel Afonso16h:18

Política - sem amigos - só parceiros de conveniência.

PRESENTE    Geraldo Alckmin (PSDB) neste sábado em Campo Grande, num evento comandado pelo governador Reinaldo Azambuja(PSDB). Seu perfil é dos melhores neste lamaçal da política brasileira. Mas ele precisa resolver rápido as questões internas do PSDB para alçar voo apresentando seu programa de governo. Afinal, candidato sem programa não vende esperança, não ganha voto.

CINDERELAS Fim do machismo na política? Para o TSE os partidos devem reservar pelo menos 30% do Fundo Eleitoral para financiar candidaturas femininas. Igual critério será aplicado ao tempo da propaganda gratuita no rádio/TV. Resta saber: elas irão mesmo reclamar na justiça eleitoral se os caciques machões optarem pela malandragem habitual na hora de dividir o dinheiro? E irão respeitar a lei no MS?

INCRÍVEL Os caminhoneiros conseguiram parar o país, provocando uma crise econômica e com chances de se tornar uma crise social sem precedentes com o temido desabastecimento   como na Venezuela.  Num país sem ferrovia e hidrovia, até que eles demoraram para descobrir a força que tem. Aliás, nem o ex-presidente Lula (PT) com as centrais sindicais conseguiram essa façanha. Brasil – 7ª. economia do mundo e com os pés de barro. O custo do diesel é só a ponta do ‘iceberg’. É muito imposto. Ninguém aguenta mais!

O CANDIDATO O ex-ministro Henrique Meirelles tenta se viabilizar como postulante ao Planalto. Se não bastasse o estigma do MDB, sócio há décadas do núcleo do poder corrompido; o desgaste de suas lideranças denunciadas por ilegalidades, Meirelles não tem carisma e simpatia - sua voz arrastada não entusiasma. Quem foi ao evento do MDB em Campo Grande no último dia 19 com a presença de Meirelles saiu cético. Aqui deve levar uma surra de Jair Bolsonaro (PSL) nas urnas.

QUALIFICADO Meirelles é! Mas é fácil prever como se sairá em alguns Estados ao lado líderes emedebistas investigados ou denunciados pela Polícia Federal e o próprio STF.  Além disso o Governo do Planalto – seu fiador político – está ruim das pernas e sem ação para enfrentar problemas do dia a dia como essa greve dos caminhoneiros. O Governo – encurralado - deve sair ainda mais enfraquecido do episódio. Quem ganha politicamente com isso? Difícil responder.  

CACETE!  Que país é esse!? Só pobre em cana. Eduardo Azeredo (PSDB), ex-governador de Minas Gerais – praticou o crime em 1998 e só agora foi preso após a condenação a mais de 20 anos de prisão. ‘Engraçado’ é que só foi possível após a ‘negociação’ com a Polícia. Ora!  Assim essa pratica vira jurisprudência. O bandido dita as regras para se entregar e após combinadas as regalias no xilindró.

‘NADA PODE’ Frequentemente deparamos com verdadeiras pérolas saídas das casas legislativas em todos os níveis do país. Leis inócuas, imbecis ou descabidas de nenhum senso pratico.  Os vereadores da capital paulista, aprovaram lei proibindo o uso de fogos de artifício que fazem barulho.  Digamos assim: na pratica só permite fogos coloridos e silenciosos. E pensar que São Paulo tem milhares de sérios problemas que merecem  a atenção dos nobres legisladores.  

ATENTO Assisti a fala do deputado federal Fabio Trad ao dizer não ao projeto do Governo para reduzir o PIS Confins do diesel e zerar a CIDE até o final deste ano. Lembrou que os setores com os impostos reonerados vão repassar para o consumidor final os custos da medida governamental. Aliás, Fábio foi o único representante do MS que se levantou contra o aumento dos impostos.

CURIOSO’ Os petistas adotaram o silêncio como estratégia nesta crise da Petrobras. Nem poderia ser diferente. Todos de bicos calados. Pudera! Foi a ex-presidente Dilma (PT) que adotou a política de represar as atualizações dos valores e assim atender aos corruptos da base aliada (leia-se Petrolão).  Um desafio para o Planalto e a Petrobras.

O ESTADO  achaca os cidadãos por meio de impostos exorbitantes; os políticos achacam a Petrobras para manter o Estado que achaca os cidadãos; a Petrobras achaca os cidadãos por meio do preço dos combustíveis que ajuda o Estado a achacar os cidadãos; os donos das frotas achacam o Estado para diminuir o preço dos combustíveis sem diminuir o preço repassado aos cidadãos na ponta final do consumidor: ao diminuir a incidência de impostos no preço do combustível, o Estado irá achacar os cidadãos de outra forma – e tudo continuará como está. Com você, cidadão, sendo permanentemente achacado por todo mundo.” (Site Antagonista)

NOS BASTIDORES A escolha do ex-prefeito Laerte Tetila (PT) como suplente ao Senado do deputado federal Zeca do PT passaria pelo comprometimento de Tetila em apoiar o deputado estadual George Takimoto (PMD) à Câmara Federal. Em tese o deputado Vander Loubet (PT) teria que garantir em outras regiões os votos que perderia em Dourados com esse acerto.

BOLHA DE SABÃO?  Se levados em conta os números das pesquisas eleitorais, o ex-prefeito de Dourados Murilo Zauth terá sua cotação na ‘Bolsa Política’ cada vez mais baixa.  O seu partido – DEM – lembra o cachorro velho desdentado - só late mas não morde. Tentar voltar ao desbotado cargo de vice governador não acrescentará em nada ao seu currículo. Essa indecisão do partido é um tiro no pé.   

LUA CHEIA   ou Lua de Lobisomem. A procuradora geral Raquel Dodge cada vez mais temida pela classe política.  Após exigir com sucesso a volta à prisão dos ex-poderosos locais envolvidos na Operação Lama Asfaltica, ela lembra: “O eleitor vai considerar o combate a corrupção para escolher os próximos governantes”. A propósito comenta-se: novas prisões deverão ocorrer em terras guaicurus.

CAIXA PRETA Para o jornalista Elio Gaspari a Ordem dos Advogados do Brasil “se mete em tudo, vive de cobrança compulsória, não mostra suas contas, preserva a eleição indireta – tornou-se cartório de franquias e o compromisso com o direito é politicamente volúvel” A notícia de que o Tribunal de Contas da União quer auditar as contas da OAB que arrecada R$1 bilhão anual alimenta a polêmica interessante.

FAMÍLIA Não tenho os números por razões obvias, mas se exercesse a profissão de jornalista em Brasília, teria condições de aferir o número de parlamentares divorciados ou simplesmente separados. Não é difícil concluir que na maioria das vezes a causa maior está estritamente ligado as atividades rotineiras massacrantes que a política exige.

PERDAS & GANHOS Temos exemplos de divorciados de grande visibilidade: ex-presidentes Collor de Mello (PTC), Dilma Roussef (PT) e o presidente Michel Temer (MDB). Eles e muitos integrantes do Congresso Nacional não conseguiram conciliar as atividades políticas com os deveres ou relações familiares por razões diversas e a opção pelo poder ou mandato acabou prevalecendo.  Não questiono valores ou a felicidade deles, apenas registro e com respeito.

A POLÍTICA sufoca a família do político ainda nas cidades interioranas. O eleitor não respeita a privacidade do prefeito e do vereador. Na sua ótica tacanha seria apenas extensão da repartição pública com trânsito livre. Esses dois personagens da política são portanto as primeiras vítimas da atividade política que tem consequências na vida do personagem independentemente se conseguiu chegar em Brasília ou não.

VALORES   Quando se vê os políticos nesta vida atribulada, de agenda maluca e situações estressantes (e humilhantes até) é de se questionar se efetivamente vale a pena. Serão os eleitores mais importantes do que a família no balanço existencial? O tempo passa num piscar de olhos; os filhos crescem sem convivência paternal.  Não há amigos na política. Apenas parceiros de conveniência do poder que seduz os vaidosos.

O PODER Definições não faltam, da Grécia antiga aos filósofos atuais. Uma fala franca recente do ex-presidente Fernando H. Cardoso (PSDB) merece registro: “Chega um momento que você não tem mais força, então você tem que fazer alianças se quiser manter o poder. Ou se não, se quiser manter a pureza vai para a academia ou para a igreja, melhor ainda”.

ARREMATE   A esquerda quer fazer das últimas revelações norte-americanas sobre o ex-presidente Geisel um combustível eleitoreiro, principalmente nas universidades. Na zona de conforto, os ilustres professores universitários omitem as matanças e barbáries havidas em Cuba, na Rússia de Stalin, na China e agora na vizinha Venezuela.  

“É a velha sina. A firma sempre quebra na mão de Parente.” (Ayrton Baptista Jr)