Circula nas redes sociais e, obviamente, causou indignação nos coxinenses uma publicação com os dizeres de que em Coxim só tem "puteiro". Algo similar foi postado dias atrás por alguém que afirmava que Coxim era a "capital" das putas, o que de igual modo causou polêmica em quem leu a postagem. Algumas pessoas ironizaram dizendo que sendo Coxim, por longo tempo, conhecida como a Capital do Peixe, logo a afirmação não era de todo despropositada porque, segundo o deboche, as "putas" são equiparadas às piranhas, espécime de peixe de alimentação à base de carne.
Ora, todos sabem que o comércio sexual é uma realidade e que isso não é uma exclusividade de Coxim. A profissão é, inclusive, reconhecida pelo Ministério do Trabalho e goza de todas as garantias trabalhistas como as demais ocupações. É fato que parte do turismo local gira TAMBÉM em torno do turismo sexual e nada tem de ilegal se respeitadas às prerrogativas legais para o exercício dessa profissão. Las Vegas (EUA) é conhecida como a capital mundial dos jogos de azar e do PRAZER e não se percebe nenhuma menção depreciativa quando a ela se refere.
Na publicação em questão há uma pejoração em torno do termo "puta" que, ao longo da história, está impregnada de preconceito, pois a "puta" é a mulher que "dá" de graça, simplesmente pelo prazer. Embebidos no ranço da moral religiosa, uma mulher estaria praticamente impedida de gostar de sexo. Prenhes dessa cultura, homens do machismo cego em que seu falo (pênis) é o centro da sua existência frágil, acusam as mulheres de "putas", "piranhas" e toda sorte de nomes ofensivos para compensar a fraqueza da sua existência materializada nas proporções do seu pênis falsamente orgulhoso.
Se nessa atmosfera toda, gostar de sexo nos faz diferentes, nesse sentido, sexo é sinônimo de prazer, então "BOM MESMO É COXIM"...