Cada vez mais as redes sociais estão presentes na vida dos brasileiros e essa presença tem sido alvo de discussões em torno do impacto que elas causam nos espaços da convivência privada e coletiva. Por certo esses impactos repercutem na educação, na família, nos relacionamentos interpessoais, na política...
Preocupados com a influência nos resultados eleitorais, partidos políticos estão atentos a essa ferramenta que cada vez mais se convertem em plataforma, palanque para os discursos políticos que se manifestam de diversas maneiras. Pesquisas recentes demonstram que o que antes influenciavam nos votos hoje já não são tão decisivas. Lideranças religiosas, personalidades artísticas e mídia tradicional já não gozam do mesmo prestígio, de influenciar nas decisões políticas .
Ademais, permanece o cuidado e atenção redobrada, pois a era das redes sociais também é tempo das chamadas "fake news" (notícias falsas, intencionalmente 'fabricadas'). Uma fake news se viraliza em questões de segundos sem mesmo que antes haja um acompanhamento veritativo do que nela se noticia. Isso tem se tornado instrumento de manipulação da opinião coletiva.
Por outro lado, em tempos de polarização extrema dos setores políticos, não se sabe ao certo o que é verdade, pois o ambiente político tornou-se fantástico (de fantasia). Nessa ultrarrealidade a verdade é irrisória, um artefato dispensável, uma produção planejada para determinado fins. Em período de "meia verdade", de "pós-verdade" seriam as redes sociais um elemento a implodir o conceito tradicional de verdade? As possíveis respostas estão circulando dos recônditos da realidade, só não circulam nas redes sociais.