Esportes
Bebeto jogador, técnico e dirigente: o esporte perde um de seus grandes nomes
Bebeto de Freitas comandou a geração de prata do vôlei, embrião do domínio do Brasil no esporte
Veja como jogador, técnico ou dirigente, Paulo Roberto de Freitas fez história no esporte brasileiro. Um dos nomes mais importantes do vôlei e presidente do Botafogo entre 2003 e 2008, a lenda morreu na tarde desta terça-feira, na Cidade do Galo, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, aos 68 anos. Ele deixa três filhos: Bárbara, 37, Ricardo, 36, e Roberta, 32.
Bebeto carregou a estrela solitária no peito por todos os seus 68 anos de vida, mais notadamente como presidente do Botafogo entre 2003 e 2008. De jogador brilhante no Alvinegro, onde conquistou onze títulos estaduais seguidos entre 1965 e 1975, defendeu a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal. No ano seguinte, Bebeto começou a vitoriosa carreira como técnico do vôlei, acumulando as funções de jogador e general manager no Santa Barbara Spikers, na Califórnia.
Por amor ao Botafogo, a mudança do vôlei para o futebol
Em sequência, comandou a histórica geração de prata da seleção masculina em Los Angeles-1984. Além do feito, também revelou uma série de jogadores que fizeram da equipe uma seleção imbatível nos anos seguintes, como Carlão e Giovane. Bebeto também foi o mentor de dois outros grandes treinadores do vôlei mundial: José Roberto Guimarães e Bernardinho. Depois, se sagrou campeão da Liga Mundial de 1997 e do Mundial com a Itália em 1998, até que o amor pelo Botafogo bateu mais forte em seu peito e lhe fez trocar de esporte.
Após breve passagem como diretor pelo Atlético-MG, assumiu em 2003 a presidência do clube com o qual o sobrinho de João Saldanha e primo de Heleno de Freitas manteve relação umbilical. Na pior crise da história do Alvinegro até então, afundado em dívidas e na Série B do Campeonato Brasileiro, trouxe o clube do coração de volta à primeira divisão e conquistou o Campeonato Carioca em 2006. Foi em sua gestão que o Botafogo conquistou a concessão do Estádio Olímpico Nilton Santos, então chamado de João Havelange, em 2007.
Em 2009, voltou ao Galo, onde assumiu o cargo de diretor-executivo do clube. Oito anos mais tarde, assumiu a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer na gestão de Alexandre Kalil na prefeitura de Belo Horizonte. Com a eleição de Sérgio Sette Câmara para presidente do Atlético-MG, no final do ano passado, retornou ao clube, desta vez no cargo de diretor de administração e controle.
Fonte: Ge