Esportes
Dois atletas do Estado estão entre os melhores do mundo
Dois atletas de Mato Grosso do Sul estão entre os dez melhores do mundo no futsal. Em eleição organizada pelo site Futsal Planet, profissionais da modalidade premiaram os campo-grandenses Jéssika Karoline Manieri, 27 anos, e Marcênio Ribeiro, 29, – presenças constantes na seleção brasileira – como destaques da bola pesada em 2016.
Realizado desde 2000, o Agla Futsal Awards escolhe os candidatos aos prêmios das diversas categorias por meio de um colegiado formado por jornalistas e personalidades da área. Depois, uma votação aberta é feita pelo site Futsal Planet.
Revelada pelo Colégio ABC, a ala canhota Jéssika Manieri ficou no décimo lugar na eleição de melhor jogadora do mundo, votada por 55 profissionais do futsal. Quem venceu o pleito foi a brasileira Amandinha, pelo terceiro ano seguido.
Jéssika teve temporada vitoriosa em 2016. Atuando pelo Barateiro Futsal, de Brusque (SC), foi campeã do Campeonato Catarinense e da Libertadores da América. Já pela seleção brasileira universitária, faturou o título do Campeonato Mundial, realizado em Goiânia (GO).
Hoje no Telêmaco Borba, do Paraná, a campo-grandense comemora o feito. “Fiquei muito feliz com a indicação. É bacana ter esse reconhecimento, é o que todo mundo que joga sempre busca, ainda mais vindo de pessoas que acompanham bastante o futsal”, diz.
Apesar da hegemonia brasileira no futsal feminino – o Brasil venceu as seis Copas do Mundo disputadas até hoje –, a Confederação Brasileira de Futsal (CBFs) foi incapaz de organizar a Liga Nacional nos últimos dois anos. Jéssika lamenta o calendário deficiente e projeta 2017 com pessimismo.
“Quase não há valorização [do futsal feminino no Brasil]. O campeonato mais importante, que era a Liga, não acontece desde 2014 e a gente nem conta mais com ela. Espero que pelo menos a seleção seja mantida”, conta.
RÚSSIA
O ala Marcênio Ribeiro, do Gazprom-Yugra, da Rússia, ficou em quinto na eleição de melhor jogador do mundo da Agla Futsal Awards – votado por 60 especialistas. O português Ricardinho conquistou o título pela quarta vez e igualou o feito do brasileiro Falcão.
A temporada 2016/2017 europeia, com um vice-campeonato nacional e chegada nas semifinais da Taça Uefa, contribuiu para o desempenho do campo-grandense, que faz questão de celebrar suas origens.
“É uma felicidade imensa ser reconhecido, saber que o trabalho está sendo visto. Passa aquele filme na cabeça, que a gente lembra de tudo que passou e até onde está conseguindo chegar. Lembro das pessoas que me ajudaram, minha família, da infância em Campo Grande e dos amigos que jogaram comigo também”, destaca.
Por sete vezes o prêmio de melhor jogador do mundo ficou com um brasileiro. Falcão levou o troféu em 2004, 2006, 2011 e 2012. Manoel Tobias em 2000, 2001 e 2002. Schumacher em 2008.
Fonte: Correio do Estado MS