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Cassems assina protocolo de intenções para enfrentamento da violência contra a mulher

12 ABR 2017Por Valdeir Simão e Youssef Nimer16h:08

No próximo dia 13 de abril, a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) assina uma protocolo de intenções em parceria com a Xaraés Consultoria e Projetos, com a Organização das Nações Unidas para as Mulheres (ONU Mulheres) e com a Organização Pan-Americana para as Mulheres (OPAS).

O protocolo, que faz parte do projeto “Os custos em saúde relacionados à violência contra a mulher”, tem como objetivo desenvolver ações internas e externas visando à diminuição da violência contra as mulheres no Estado, realizar uma consultoria qualificada e transformar a Caixa dos Servidores em uma referência nacional e internacional nesse combate.

O protocolo também visa identificar como a Cassems é afetada com a problemática da violência contra a mulher e possibilitar a apropriação de conhecimentos a respeito deste tipo de violência e as desigualdades sociais em suas relações com questões étnicas, raciais, de gênero e de educação.

De acordo com o “Relatório Mundial sobre Violência e Saúde 2002” da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 48 pesquisas realizadas com populações do mundo todo, entre 10% a 69% das mulheres relataram ter sofrido agressão física por um parceiro íntimo em alguma ocasião da sua vida. Para muitas dessas mulheres, a agressão física não foi um evento isolado, mas sim parte de um padrão contínuo de comportamento abusivo.

Ainda segundo o relatório da OMS, as consequências do abuso são profundas, indo além da saúde e das felicidades pessoais, chegando até mesmo a afetar o bem-estar de comunidades inteiras. Viver um relacionamento violento afeta o senso de auto estima de uma mulher e sua capacidade de participar do mundo.

Estudos mostram que mulheres que sofreram abuso são rotineiramente restringidas em suas formas de acesso a informação e serviços, participar da vida pública e receber apoio emocional de amigos e parentes. Não é de surpreender que, frequentemente, essas mulheres não consigam cuidar de si mesmas e de suas crianças, tampouco consigam procurar empregos e seguir carreiras.

De acordo com dados do Instituto Avon e do Data Popular, no Brasil, três em cada cinco mulheres jovens já foram agredidas em seus relacionamentos efetivos e 48% das mulheres já haviam sofrido algum tipo de violência em sua própria residência. Em Mato Grosso do Sul, as mulheres sofrem com violência em todas as regiões do Estado e cidades como Dourados, Campo Grande, Paranaíba, Cassilândia, Aquidauana, Corumbá e Ponta Porã estão no topo do ranking de violência contra a mulher. Entre os anos de 2003 e 2015, 664 mulheres foram internadas por agressão nos serviços de saúde no Estado de Mato Grosso do Sul.

O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, afirma que a Caixa dos Servidores sempre apoia campanhas que lutam pelo bem-estar dos cidadãos. “A história da Cassems sempre esteve ligada à luta pela garantia dos direitos básicos do cidadão e seguiremos mobilizando a sociedade em torno das discussões e dos avanços necessários, como é o caso da violência contra a mulher”, pontua Ayache.

Fonte: Assessoria de Comunicação

M9

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