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Mãe de candidata acha erros e reclama de "desleixo" no vestibular da Uems

Sem se identificar, ela disse que prova demonstrou falta de organização do exame

28 NOV 2023Por Redação/EC08h:10

"Se os erros são tão grotescos na elaboração da prova, como confiar na credibilidade de uma instituição assim? Isso mostra desleixo. Fiquei envergonhada ao ver que um vestibular em Mato Grosso do Sul pode ser feito sem qualquer revisão. Penso nos alunos que vêm de fora e olham. Lamentável". 

O relato de uma mãe que não quer ser identificada, com medo de retaliação contra a filha, acontece um dia após o vestibular da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), realizado no último domingo (26). 

A reclamação é sobre o descuido da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), na realização do exame. Em uma das perguntas, o enunciado destaca 60 questões e ao mesmo tempo frisa 40 perguntas.

Na sequência, é possível identificar a última alternativa de uma questão no enunciado da pergunta seguinte, fato que irritou a mãe. "A questão 39, por exemplo, tem só 4 alternativas porque a 5ª foi colocada na 40ª posição. Uma das alternativas aparece na pergunta seguinte. Tem de ser anulada. O menino já chega nervoso e ainda tem de enfrentar essa confusão?", protesta. 


As provas foram realizadas simultaneamente nos municípios de Amambai, Aquidauana, Bataguassu, Campo Grande, Cassilândia, Corumbá, Coxim, Dourados, Glória de Dourados, Ivinhema, Jardim, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas. As provas se iniciam às 8h. 

"Como há muito tempo não estudo, não tenho condições de verificar a qualidade das perguntas, mas não é possível que sejam pensadas, bem elaboradas, feitas de maneira profissional", disse.

Professor de Biologia e com mais de 600 alunos em cursinhos, Fabiano Izidoro, 45 anos, disse que muitos jovens reclamaram do exame, principalmente na área de Ciências Exatas. “A prova de Biologia foi tranquila, mas realmente acontece de questões serem mal elaboradas, cobrança de assuntos não trabalhados no ensino médio, não fazem trabalho de revisão na hora de imprimir”.

Questionado sobre o ocorrido, Izidoro disse que o acontecido em Mato Grosso do Sul ocorreria em outros vestibulares do país. “No Paraná, Santa Catarina, Unicamp, Fuvest, dificilmente você vê bagunça, diagramação, erro de digitação, isso que diferencia”, disse. O professor disse que 400 de seus alunos fizeram a prova neste final de semana.

O Campo Grande News entrou em contato com a Fapec para apurar os erros na prova, entretanto, não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto. 

Alison Silva/campograndenews

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