Em Coxim, advogado é preso em flagrante após ajudar quadrilha a sequestrar cliente e cobrar R$ 250 mil de resgate

Um advogado, de 44 anos, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (29), em Coxim, após ajudar uma quadrilha a sequestrar seu cliente, de 61 anos, e cobrar R$ 250 mil pelo resgate. Os outros dois envolvidos fugiram após deixarem a vítima em um posto de combustíveis e o caso segue em investigação.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Civil, as autoridades foram acionadas após uma vizinha ver o idoso ser abordado pelos suspeitos e obrigado a entrar em um carro. Em contato com a esposa da vítima, ela relatou que o marido havia saído para ir ao mercado e não retornou.

Após buscas pela região, as autoridades retornaram para a casa da vítima e foram informados que o idoso entrou em contato e pediu o número do filho, dizendo que os suspeitos aguardavam o pagamento no pátio de um posto de combustíveis da cidade e que não devia envolver a polícia.

Ainda conforme a polícia, as autoridades foram até o local onde encontraram apenas a vítima e o advogado. Ao ser questionado, o suspeito respondeu que estava ali por causa de uma dívida do cliente e que os credores queriam receber, porém a vítima teria falado que o dinheiro estava com ele.

Em depoimento, a vítima relatou que estava voltando do mercado quando um carro com três homens dentro, sendo o advogado dele, o motorista e os outros dois eram desconhecidos. 

Ele relatou que os homens o obrigaram a entrar no veículo com saco na cabeça, depois o levaram para o lixão e lá passaram a fazer ameaças dizendo que haviam acabado de sair do presídio e que queriam o pix de R$ 250 mil, se não o matariam ali mesmo.

A vítima relatou ainda que negociou com os suspeitos e convenceu eles a voltarem para a cidade, onde faria contato com o filho. Depois de falar com a esposa e ser informado que a polícia já sabia do sequestro, os dois envolvidos fugiram do local.

Conforme a polícia, o advogado foi preso e a vítima resgatada com um inchaço no lado direito, próximo ao ouvido. O caso foi registado como sequestro e cárcere privado, na primeira Delegacia de Polícia de Coxim.

Débora Ricalde, g1 MS