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"Falhamos", admite Governo de Mato Grosso do Sul sobre feminicídio de jornalista

"Não estamos conseguindo garantir proteção às vitimas de violência", diz a nota

15 FEV 2025Por Redação/EC12h:09

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul admitiu, em nota, que há falhas na rede de proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e que possíveis erros no atendimento que antecedeu a morte da jornalista Vanessa Ricarte, assassinada brutalmente com três facadas no peito pelo ex-noivo, Caio Nascimento, serão apurados.

Mais uma morte prova que não estamos conseguindo garantir proteção às vítimas de violência. Falhamos enquanto Estado, falharam as instituições, falhamos enquanto sociedade”, diz a nota divulgada no início da tarde deste sábado (15).

“Precisamos identificar onde erramos, planejar mudanças e agir eficazmente para termos uma solução que resulte de forma efetiva no fim da morte de mulheres em nosso estado simplesmente por serem mulheres”, completou.

O governo ainda afirma que o procedimento policial, que passou a ser questionado após a divulgação de áudio da Vanessa descrevendo o atendimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) como frio e o medo em voltar para casa, onde Caio estava, será investigado pela Corregedoria da Polícia Civil.

A abertura de procedimento investigativo foi solicitada pelo Ministério das Mulheres, que, também em nota, afirmou que uma equipe composta por ouvidora, diretora de Proteção de Direitos e a chefe de gabinete da ministra Cida Gonçalves chegarão a Campo Grande na noite de hoje para acompanhar a situação. 

O Executivo estadual promete “correção imediata” de possíveis erros que venham a ser identificados na rede de proteção à mulher. “A violência, em qualquer forma que se manifeste, exige resposta imediata e eficaz, e que qualquer falha no atendimento à vítima deve ser rigorosamente analisada, com responsabilização e punição, além da correção imediata de erros que porventura estejam ocorrendo na proteção à mulher”, reforça a nota.

Por fim, o governo diz que os altos índices de feminicídios no Estado são intoleráveis. *“Temos que dar um basta nos casos de violência contra mulher. Não podemos tolerar que o Mato Grosso do Sul continue com elevados índices de feminicídio, fruto também de uma cultura machista que deve ser melhor enfrentada pelas instituições e pela sociedade".*

CGNews

M9

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