Polícia
Grupo que movimentou mais de R$ 30 milhões com criptomoedas é alvo da PF que cumpre mandados em MS
São cumpridos mandados em Mato Grosso do Sul e mais seis estados
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta (13) a Operação Yang, contra um grupo que lucrou US$ 62 milhões com criptomoedas. Os mandados são cumpridos em Mato Grosso do Sul, além de mais seis estados e o Distrito Federal. O grupo fazia lavagem de dinheiro, com crimes financeiros na Coreia do Sul, nos Estados Unidos da América, no Brasil e em outros países.
Com a lavagem de dinheiro estima-se que o grupo chegou a movimentar cerca de R$ 300 milhões. São cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, no Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo.
Também estão sendo executadas diversas medidas cautelares diversas da prisão e ações de constrição patrimonial. Segundo a Polícia Federal, as investigações tiveram início a partir de informações compartilhadas por agências norte-americanas, que apontavam que uma empresa constituída por brasileiros poderia ter causado lesão financeira a cerca de 60 mil vítimas, com promessa de lucros incompatíveis com investimentos disponíveis em mercado, o que rendeu ao grupo criminoso cerca de US$ 62 milhões a partir da série de fraudes cometidas nos diversos países.
Ainda de acordo com a PF, após a captação de investimentos das vítimas, os valores eram desviados em favor dos investigados por meio de aplicação em carteiras de criptomoedas e de depósitos realizados em contas vinculadas e controladas pelos criminosos.
Após a liquidação dos criptoativos em favor dos líderes da organização, os valores passaram a ser empregados na aquisição de bens de alto padrão, veículos de luxo e, principalmente, na compra de imóveis, em especial em Brasília, Goiânia e Caldas Novas.
Foi determinado o bloqueio de até R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos envolvidos e o sequestro de 52 imóveis. As ações visam a descapitalização do grupo criminoso e desvendar outros crimes cometidos.
As apurações contaram com a colaboração da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, no DF, em cooperação policial mantida entre as autoridades brasileiras e norte-americanas.
Thatiana Melo/mídiamax